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Esquizofrenia em idosos: como lidar?

A esquizofrenia em idosos é uma doença psiquiátrica que se caracteriza por quadros de psicose crônica ou recorrente.

Isso significa a alteração do estado mental identificado pela perda da realidade e uma deterioração das capacidades funcionais.

Ela se apresenta normalmente no final da adolescência ou na idade adulta jovem, persistindo por toda a vida. 

Um dado curioso é que a doença surge em algumas pessoas somente na terceira idade.

Segundo o Ministério da Saúde, esse problema atinge cerca de 2 milhões de brasileiros e dados da Organização Pan-Americana da Saúde apontam para 23 milhões de pessoas em todo o mundo.

Continue lendo e entenda mais sobre a esquizofrenia em idosos, os tipos existentes, quais os sintomas e como lidar com essa situação. 

Tipos de esquizofrenia

Existem 5 tipos de esquizofrenia.

A paranoide é aquela em que o doente não perde o pensamento lógico, afetividade ou possui mudanças drásticas de comportamento, porém, apresenta delírios e alucinações.

Apesar de ter o melhor diagnóstico, esse é o tipo que apresenta a maior taxa de suicídios dentre as demais.

O tipo desorganizado é aquele que apresenta comportamento inapropriado, com a maior taxa de incapacidade funcional e perda de relacionamentos.

Os catatônicos, como são chamados os pacientes do terceiro tipo, são aqueles que perdem a interação com o ambiente, ficando imóveis ou possuindo movimentos rápidos e estranhos.

Essas situações ocorrem ocasionalmente, alternando-se entre a passividade e excitação extrema.

O residual é um tipo de esquizofrenia onde o paciente fica por longo tempo sem apresentar sintomas como delírios e alucinações, porém, passa a agir de modo diferente com relação aos pensamentos e afetividade.

Por último, existem os indiferenciados, que são aqueles que não fazem parte de nenhum dos tipos apresentados anteriormente, ou ainda possuem características específicas dos demais grupos, sem prevalecer um comportamento único.

Quais os sintomas da esquizofrenia em idosos?

Os sintomas da esquizofrenia em idosos diferem de acordo com o tipo em que possam ser associados, no entanto, de maneira geral, são apresentados:

  • delírios e alucinações,
  • perdas de respostas afetivas, assim como de expressão verbal, motivação, atenção com o ambiente e interação social,
  • diminuição de raciocínio, memória, linguagem e capacidade em realizar funções,
  • mudanças de humor repentino, 
  • manifestações inapropriadas de afetividade e comportamentais, 
  • depressão.

Em regra geral, se a pessoa apresentar algum desses sintomas por um período superior a 30 dias, é muito provável que um quadro esquizofrênico esteja se instalando.

Lembramos que apenas um médico psiquiatra pode fazer o diagnóstico preciso e recomendar o melhor tratamento para cada caso.

Como lidar com a esquizofrenia?

A esquizofrenia ainda é uma doença sem cura, apesar dos esforços contínuos na busca por alternativas, no entanto, os cuidados e tratamentos colaboram muito na qualidade de vida do paciente e dos familiares.

Os cuidados com a esquizofrenia em idosos exigem, em primeiro lugar, um tratamento médico que envolve medicamentos antipsicóticos e o acompanhamento, seja ele por um familiar ou por uma empresa de home care, como a Master Nursing.

Simultaneamente, é fundamental o acompanhamento psicológico e social ao paciente.

Durante as crises e na fase aguda da doença, a melhor opção é a internação em hospital psiquiátrico, onde os pacientes poderão receber todos os cuidados que a doença exige.

Para completar, a psicoterapia é outro cuidado que não pode ficar de fora quando o assunto é esquizofrenia em idosos.

Em uma primeira fase, o paciente irá compreender a sua situação, para, na sequência, envolver também a terapia de grupo e a familiar.

Lidar com a esquizofrenia em idosos exige muita paciência, amor e atenção, portanto, o melhor caminho é contar com profissionais que possam ajudar, diminuindo as recaídas e hospitalizações, e possibilitando bons momentos e uma vida mais tranquila para todos.

Agora que você sabe mais sobre esse assunto, leia nosso post que apresenta a bipolaridade em idosos: compreenda o que acontece!